Depois de um reforçado café da manhã, pegamos nossas coisas e seguimos em direção ao Pontal do Bainema, agora caminhando. Primeiro por dentro da vila, depois seguimos uma estrada de areia, que com algumas placas indicando o caminho até Moreré, depois pela praia chegarmos ao nosso destino.
O dia estava maravilhoso, e quente. Não tenho muita ideia do tempo e distância, mas foi um bom trecho com algumas paradas nas poucas sombras de árvores que encontrávamos pelo caminho, e com subidas, até chegarmos num mirante onde avistamos o mar. Depois mais um trecho, com descida e chegamos em Moreré.
Seguindo pela praia, teve um ponto que meio que nos perdemos. Deveríamos ter pego um caminho por dentro, mas como não vimos e não sabíamos, seguimos pela praia, e tivemos que passar por dentro de uma área que parecia mangue, e depois por uma fazenda (propriedade privada). Mas deu tudo certo, e em seguida estávamos na Praia de Bainema.
A Praia de Bainema é extensa e praticamente deserta. Encontramos um bar fechado no começo da nossa caminhada por ela, e depois só o bar que estivemos no dia anterior, que fica no Pontal de Bainema. A caminhada é longa, mas é linda, e vale muito esse momento de paz em meio à natureza.
Uma coisa ruim, que tenho que chamar a atenção, é a quantidade de lixo que um lugar deserto desses tinha espalhado pelas areias. Recolhemos muitos copos plásticos, principalmente. Provavelmente muitos não eram dali, para vermos que temos que cuidar do nosso lixo em qualquer lugar que estejamos.
Chegamos finalmente no nosso paraíso, e ali ficamos e aproveitamos bastante até a hora de voltarmos para a Velha Boipeba. Banho de mar, descanso na sombra das folhas dos coqueiros, uma bebida para refrescar e hidratar, slack line para divertir, conversas para rir e muita alegria para esbanjar.
Para o caminho de volta resolvemos voltar pela praia, e seguimos até a Praia da Cueira, passando novamente pela Praia de Moreré.
Já havíamos encontrado óleo nas praias que visitamos, mas nada comparado com o que vimos na Praia da Cueira. Nossa visita foi uns 15 dias depois da descoberta do primeiro óleo que atingiu as praias do nordeste em outubro de 2019. Vimos várias pessoas trabalhando na retirada do óleo encontrado, mas era muito, desde manchas milimétricas, até centimétricas. Inclusive colocamos nossos chinelos para caminhar, pois era impossível não pisar em alguma mancha de óleo.
A Paria da Cueira é linda, e ampla, com alguns bares para dar suporte aos turistas. Caminhamos um trecho dela, mas perguntamos se tinha outro caminho para encurtar nossa chegada na Velha Boipeba, pois já havíamos caminhado uns 15 km, e ainda queríamos ver o pôr-do-sol na Pousada O Céu de Boipeba (como registrei no post Velha Boipeba).
Cortamos caminho por essa linda fazenda de coqueiros e conseguimos chegar no nosso destino a tempo de apreciar um belíssimo fim de tarde.
Nossa última noite em Boipeba e fomos jantar no Restaurante Flor da Lua. A maioria dos pratos era com frutos do mar, e ficamos receosos devido ao problema do óleo no mar e contaminação dos peixes, mas a chef do restaurante nos garantiu que os frutos do mar deles haviam sido comprados antes do problema, e que os frescos eram de alto mar e não tinham problema.
Cada um pediu seu prato, e nos deliciamos com essas maravilhas que foram servidas. Estava tudo muito saboroso, e o atendimento personalizado nota 10. Não é um restaurante barato, mas vale a pena a combinação de sabores que a chef elabora em seus pratos.
O que dizer de Boipeba, desses lugares incríveis como o Pontal de Bainema? Simplesmente incrível! Um contato com a natureza quase intacta e de uma beleza escandalosa. Amei!
Recomendações:
Para esse tipo de passeio é sempre recomendado utilizar roupas confortáveis e sapatos adequados.
Se fizer calor e sol, proteja-se com protetor solar, óculos de sol, chapéu e até camisa UV se tiver.
Lembre-se também de levar muita água, para o período que pretende ficar no passeio (se colocar a garrafa com um pouco de água no congelador no dia anterior, terá água fresca durante o passeio).
Aconselhamos levar sempre algo de comer, para repor as energias, de preferência que não suje o lugar, servindo de alimento para os animais (no lugar não existe nenhum tipo de serviço).
E mais importante, deixe o lugar limpo, recolhendo e levando consigo todo o lixo que produzir, e as vezes, se puder, até os que algumas "pessoas" possam ter deixado para trás.
E de lembrança, leve apenas fotografias. Nunca piche ou escreva, mesmo que seja desgastando apenas as rochas, são formações que levaram milhares de anos para se formar, e só estão assim bonitas durante sua visita, porque os visitantes anteriores a preservaram.
Manter este lugar mágico é responsabilidade de cada um!
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