Para o segundo dia de férias pela chapada havíamos programado fazer a trilha da Cachoeira da Fumaça, mas depois da alta intensidade do primeiro dia, as pernas de alguns membros da família estavam doloridas, e seria muito puxado fazer um passeio que exige um certo preparo físico. Resolvemos então fazer algo mais tranquilo, como conhecer a Fazenda da Pratinha, altamente recomendada por uns amigos.
O caminho da ida foi basicamente o mesmo que fizemos para visitar a Gruta da Lapa Doce, mas a partir da BR-122 agora dobramos a direita, e por cerca de 7 km seguimos por uma estrada de chão relativamente boa até a Fazenda Pratinha.
Para entrar na Fazenda da Pratinha nós pagamos na época R$40,00 por pessoa, para aproveitar o básico da fazendo, como falo mais a baixo, o restante das atividades e serviços são cobrados individualmente a depender do que a pessoa esteja interessada em fazer. Pelo que consultei hoje, a taxa de admissão passou agora em 2020 para R$50,00 por pessoa.
Assim que entramos na fazenda, percorrendo o lugar, logo chegamos no ponto de onde parte a tirolesa. Como não tinha ninguém por ali, ficamos admirando um tempinho e despois descemos para conhecer a área onde está a Gruta da Pratinha. Nesse dia o movimento estava pequeno, então pudemos tirar algumas fotos sem termos que nos aglomerar ou esperar nossa vez.
Geologia. A área onde encontra-se a Fazenda da Pratinha faz parte da Formação Salitre, Grupo Una, Supergrupo São Francisco, composta por rochas carbonáticas de idade neoproterozóica. A maior parte das caverna de Iraquara são formadas por passagens secas ou drenadas por cursos de água intermitente. Contudo, algumas grutas, ou trechos destas, possuem lagos e rios perenes, de indubitável beleza cênica, e no qual o processo de formação e ampliação dos condutos encontram-se em atividade. Este é o caso do sistema de cavernas Gruta Azul-Pratinha, que necessita de espeleo-mergulhadores para ser mapeado.
A beleza do lugar, a linda manhã de sol que fazia, e a cor da água combinada com sua transparência nos deu vontade de entrar no lago e mergulhar com os peixinhos. O caminho para chegar na área de banho, onde existe um pier que dá acesso à água ficam do outro lado, e o acesso é feito a pé por uma pequena trilha. Ali existe um bar/restaurante que dá apoio aos turistas, e muitas mesas com guarda-sol, onde deixamos nossas coisas.
A água estava um pouco gelada, então sabe como é, né? Não ficamos muito tempo por ali, ainda mais que tinham uns peixinhos que ficavam beliscando, sobretudo se ficássemos nos degraus da escada que auxilia na entrada e saída do lago. kkkk Ah, se tiver muito sol, como nesse dia que fomos, vá de chinelo até chegar nos degraus, pois o deck de madeira fica muito quente.
A Fazenda conta com uma série de serviços, como cafeteria, restaurante com comida tradicional (R$59,90 o quilo), pousada em um antigo casarão com mais de 100 anos (diárias a partir de R$120,00), flutuação na Gruta da Pratinha (R$60,00 por pessoa), tirolesa com 80 m de extensão e 12 m de altura (R$20,00 o salto), caiaque (R$30,00 por 30 min), stand up (R$20,00 por 30 min) e padelinhos (R$20,00 por 20 min), pacote de fotos sub-aquáticas (R$90,00 por 20 fotos para duas pessoas em meio à natureza) e massagem (R$100,00 por 1 hora).
Quando falamos em Pratinha quase não ouvimos falar da Gruta Azul, que encontra-se localizada dentro da mesma fazenda, provavelmente porque nela não se pode entrar e nem mergulhar, como no caso da Pratinha.
Estando ali tão perto, e precisando de um pouco de aventura, já que não somos de ficar parados muito tempo em um lugar, e queríamos conhecer, caminhamos até a Gruta Azul, passando antes por lugares lindos, como essas casas construídas de barro e bem cuidadas, além de linda paisagem natural.
A trilha não é longa, e o trecho final para ver e chegar perto da Gruta Azul é feito por uma escadaria com corrimão que facilita muito o acesso pelo turista. Por não ser muito frequentado, e estar bastante preservado o lugar é incrível, a cor da água quando avistamos a gruta é de um tom azul magnífico.
Conhecer a Fazenda da Pratinha foi legal, mas não é o tipo de passeio que gostamos, com aventura, desbravar, conhecer, caminhar. É um lugar para ficar tranquilo e curtir com toda a comodidade e serviços que o lugar oferece.
Na volta resolvemos fazer um outro caminho, seguindo umas placas que encontramos nas ruas do povoado que indicavam a cidade de Lençóis. Porém depois de um tempinho nos arrependemos, a estrada de chão que leva até a BA-480 é muito ruim, e com carro baixo tivemos que fazer muito devagar.
Recomendações:
Se fizer calor e sol, proteja-se com protetor solar, óculos de sol e chapéu. Não esqueça a roupa de banho.
No lugar existe todo tipo de serviço de bar e restaurante, porém os preços não são muito baratos.
E mais importante, deixe o lugar limpo, recolhendo e levando consigo todo o lixo que produzir, e as vezes, se puder, até os que algumas "pessoas" possam ter deixado para trás.
E de lembrança, leve apenas fotografias. Nunca piche ou escreva, mesmo que seja desgastando apenas as rochas, são formações que levaram milhares de anos para se formar, e só estão assim bonitas durante sua visita, porque os visitantes anteriores a preservaram.
Manter este lugar mágico é responsabilidade de cada um!
No caminho para Lençóis paramos para conhecer o Poço do Diabo, mas esse é mais um episódio que conto em outro post.
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