Depois de passar pelo Santuário de Virgem Maria, chegamos à cidade de Éfeso, antiga capital da Ásia, uma das doze cidades da costa Jônica, e está localizada a três quilômetros a sudoeste de Selçuk, na província de Esmirna, no centro da Turquia.
Uma cidade greco-romana construída no século X a.C. por colonos gregos jônicos, na região do Egeu. A cidade floresceu depois que veio sob o controle da República de Roma em 129 a.C. Durante o período romano, foi por muitos anos a segunda maior cidade do Império Romano, apenas atrás de Roma, a capital do Império. Nesse período foi também a segunda maior cidade do mundo, com uma população de 250 mil habitantes.
A cidade foi destruída pelos godos em 263, e apesar de ter sido reconstruída, perdeu importância como centro comercial do Mediterrâneo conforme o porto foi lentamente assentado acima pelo rio Caístro. Um terremoto ocorrido em 614 praticamente destruiu a cidade.
Suas ruínas escavadas refletem séculos de história, da Grécia clássica ao Império Romano, e são uma atração local e internacional, em parte pelo fácil acesso a partir do Aeroporto Adnan Menderes, ou pelo porto de cruzeiros de Kusadasi, cerca de 30 km a sul. Em 2015 a UNESCO integrou Éfeso na lista do Patrimônio da Humanidade.
A cidade era famosa pelo Templo de Ártemis (terminado por volta de 550 a.C.), uma das sete maravilhas do mundo antigo. Entre muitos outros edifícios monumentais estão a Biblioteca de Celso, construída em 117 d.C. como tumba monumental para Cayo Julio Celso Polemaeanus, o governador da província na Ásia, a fachada tem piso e colunas de estilo coríntio no térreo, e três entradas, além de três janelas na planta superior. As estátuas que continuam preservadas na entrada simbolizam a sabedoria (Sofia), conhecimento (Episteme), inteligência (Ennoia) e valor (Arete), as virtudes de Celso.
O Teatro, capaz de abrigar 25 mil espectadores, se encontra em uma posição sobressalente, dominando a paisagem sobre a rua do porto. Também era usado para espetáculos circenses. Outra edificação é o Odeón, construído no século II d.C., com formato de um pequeno teatro, com palco e arquibancada, tinha capacidade para cerca de 1500 espectadores, era utilizado para duas coisas, como um Bouleuterion para as reuniões do senado, e como uma sala de concertos para as performances.
O Templo de Adriano é a estrutura melhor preservada na Rua de Curetes. Construído antes de 138 d.C., com quatro colunas coríntias que sustentam um arco, foi dedicado ao Imperador Adriano, que foi um dos cinco bons imperadores que entraram na cidade de Atenas em 128 d.C.. Outra estrutura preservada é a Fonte de Trajano, que foi construída em 104 d.C. em homenagem ao Imperador Trajano, está rodeados de colunas e estátuas (Dionísio, Sátiro, Afrodite e a família do imperador, que hoje se pode ver no Museu de Éfeso).
Existem muitas outras estruturas pelo caminho que percorremos, as ruínas de civilizações antigas estão para todos os lados, e é fantástico poder conhecer tanta história. Terminamos o dia na cidade de Kusadasi, onde jantamos e pernoitamos, para no dia seguinte embarcarmos na nossa aventura, um mini cruzeiro pelas ilhas gregas.
No último dia do passeio pelo Turquia, depois de tanto falarmos que queríamos comer um "dondurma" (sorvete turco), quando chegamos em Kusadasi, antes de chegarmos no hotel e nos despedirmos do nosso guia, ele pagou um "dondurma" para cada um. Foi engraçado. Mas acabou que não vimos aqueles sorveteiros malucos que ficam brincando com os clientes como vemos em alguns vídeos na internet.
Viajar enriquece a alma e abre a mente e faz bem para o coração. Mas viajar para um lugar tão cheio de história faz com que nunca mais sejamos os mesmos, a cultura e conhecimento adquiridos ficam pra sempre em nossas memórias, e nos torna pessoas melhores, inclusive espiritualmente.
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