top of page
Foto do escritorchrisbusnellofianco

Istambul (Parte 1)

Atualizado: 24 de mai. de 2021

Férias da minha irmã e queríamos fazer uma viagem diferente, como a língua na Grécia e Turquia poderia ser um problema, achamos melhor contratar um pacote turístico, e pesquisando na internet achamos um pacote com preço muito bom e que nos agradou pelo roteiro. Pela internet mesmo contratamos o serviço da Travel Zone, que nos atendeu super bem, tento no pré compra, respondendo todos os questionamentos, como depois, durante a viagem, com seus profissionais de qualificados.


Em Istambul, quando chegamos ao aeroporto fomos recepcionadas pelo nosso guia, que falava português. Bom, depois da novela Salve Jorge, que teve uma parte gravada na Capadócia, muitos turcos aprenderam nosso idioma. Depois fomos levadas ao nosso hotel, e tivemos o restante do dia livre, pois a programação só começaria no dia seguinte.


Às margens do estreito do Bósforo, e a norte do mar de Mármara, dividida entre a Europa e a Ásia, Istambul (nome pelo qual os turcos já denominavam durante o período otomano, foi oficialmente adotado em 1930), é a maior cidade da Turquia, antigamente conhecida como Bizâncio (até 330 d. C.) e Constantinopla (até 1453), é a quarta cidade do mundo. É também a única cidade que ocupa dois continentes. A grande maioria da população é muçulmana, mas também há um grande número de laicos e uma ínfima minoria de cristãos e judeus. Apesar da capital turca ser a cidade de Ancara, Istambul é o principal polo industrial, comercial, cultural e universitário do país.

Curiosidade. Istambul foi a capital do Império Romano do Oriente e do Império Otomano até 1923, tendo como governante máximo o sultão, que durante séculos reconhecido como califa, o chefe supremo de todos os muçulmanos, o que fazia da cidade uma das mais importantes de todo o Islã.


No lado europeu há duas zonas com mais destaque em termos de movimento de pessoas e património cultural: o mais antigo, onde se situava o núcleo da antiga Bizâncio e Constantinopla, correspondente ao atual distrito de Fatih, a sul do Corno de Ouro, enquanto que Beyoğlu, a antiga Pera, e onde se situava o bairro europeu medieval de Gálata, a norte. O centro da parte asiática tem contornos menos precisos, e ocupa parte dos distritos de Üsküdar e Kadıköy.


Muros da antiga Constantinopla







A Mesquita Azul ou Mesquita do Sultão Ahmed é uma mesquita estilo clássico otomana situada na cidade de Istambul, na Turquia. Foi construída por imperadores bizantinos originalmente como palácio entre 1609 e 1616 e está situada no bairro de Eminönü, no distrito de Fatih em frente da Basílica de Santa Sofia da qual se encontra separada por um formoso espaço ajardinado. É a única mesquita de Istambul que possui seis minaretes.


A mesquita, que possui 43 metros de altura, foi revestida com azulejos azuis e possui ricos vitrais no mesmo tom. Não existem figuras no interior da Mesquita pois os muçulmanos não cultuam imagens.


Ao entrar na Mesquita é necessário tirar os sapatos, e shorts, minissaias, bermudas ou camisetas sem mangas não são recomendados. Funcionários da mesquita fornecem uma espécie de canga para cobrir as partes do corpo que desrespeitam a religião muçulmana, mas é aconselhado sempre ter consigo uma echarpe ou algo que sirva para cobrir o corpo e cabeça quando se visita países de cultura muçulmana.

Mesquita Azul
Mesquita Azul

Interior da Mesquita Azul
Exterior da Mesquita Azul

O Hipódromo de Constantinopla foi o centro esportivo e social de Constantinopla, a capital do Império Bizantino que no século V chegou a ser a maior cidade do mundo. Atualmente é uma praça chamada Sultanahmet Meydanı (Praça Sultão Ahmet), com apenas alguns fragmentos das ruínas do que foi originalmente por cerca de 1000 anos o centro da cidade com enormes construções, um lugar de multidões e muita história.


Localizado no coração do bairro de Sultanahmet, o Hipódromo, em Istambul está praticamente entre as 2 maiores atrações da cidade, a Ayasofya – Igreja de Santa Sophia e a Mesquita Azul, e abrigava corridas de cavalos e bigas, um passatempo muito popular nos períodos helenístico, romano e bizantino.


Na área do Hipódromo existem algumas estruturas como o Yilanli Sütun ou Coluna Serpentina (Tripod of Plataea), que com 8 metros de altura, foi construída em bronze das espadas dos soldados persas que foram apreendidas nas batalhas, para comemorar a vitória dos gregos sobre o Império Persa na Batalha de Plataea no templo de Apolo, em Delfos na Grécia. Se supõe que seja de 479 a.C., tendo sido levada para Constantinopla por Constantino I, o Grande, em 324. Permaneceu intacta até o final do século XVII quando foi danificada por um nobre polonês bêbado. Das 3 cabeças de serpente que possuía, só se sabe o paradeiro de 2 delas: uma das cabeças está em exibição no Museu Arqueológico de Istambul e a outra no British Museum, em Londres.


A Alman Çesmesi, ou Fonte de Wilhelm II, é um gazebo, uma fonte estilizada neo-bizantina com oito colunas de mármore, e está localizada na entrada norte do Hipódromo. Foi um presente oferecido pelos alemães para celebrar a visita e a amizade do Kaiser Guilherme II ao Sultão Abdül Hamit II e à cidade de Istambul em 1898. Construído na Alemanha, foi transportado peça por peça para a Turquia, sendo montado no local atual no ano de 1900. O interior da cúpula octogonal é coberto com mosaicos dourados.


A Coluna de Constantino Porphyrogenitus, ou Obelisco Murado, com 32 metros de altura fica no outro extremo do Hipódromo. Tendo sido restaurado pelo Imperador Constantino no século X, e assim recebendo seu nome. Acredita-se que era todo revestido de placas de bronze douradas, que foram saqueadas por tropas latinas na 4ª Cruzada.

Coluna de Constantino Porphyrogenitus – Obelisco Murado

DIKILITAŞ – Obelisco de Teodósio (obelisco egípsio)
Yilanli Sütun – Coluna Salomônica ou Coluna Serpentina




Alman Çesmesi – Fonte de Wilhelm II





Igreja de Santa Sofia, ou Agia Sophia (do grego que significa "Sagrada Sabedoria"), ou Ayasofya (do turco), é um imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla. Da data em que foi edificada, em 537, até 1453, ela serviu nesta função, com exceção do período entre 1204 e 1261, quando foi convertida para catedral católica romana durante o Patriarcado Latino de Constantinopla que se seguiu ao saque da capital imperial pela 4ª Cruzada. O edifício foi uma mesquita entre 1453 e 1931, durante o período otomano sob comando do sultão Maomé II. Ela reabriu como um museu em 1 de fevereiro de 1935.


Por quase 500 anos, a principal mesquita de Istambul, Santa Sofia serviu como modelo para diversas mesquitas otomanas, principalmente a chamada Mesquita Azul, que fica em frente a Santa Sofia, a Mesquita Şehzade, a Mesquita de Solimão, a Mesquita de Rüstem Paxá e a Mesquita de Quilije Ali Paxá.


Em 10 de julho de 2020, o Conselho de Estado da Turquia revogou o status de museu do templo, e um decreto posterior do presidente Recep Tayyip Erdoğan determinou a reclassificação de Santa Sofia, convertendo-a novamente em mesquita.


Santa Sofia

Depois de passar frio e enfrentar a chuva para visitar essas grandes obras de arquitetura e santuários para os muçulmanos, paramos para comer. O almoço estava incluído no pacote, e o restaurante era uma gracinha, todo enfeitado com uma série das tradicionais luminárias turcas. A comida básica, mas saborosa, coisa para turistas mesmos.

Companheiros de excursão


Sobremesas turcas
Detalhe do teto do restaurante todo enfeitado com as luminárias turcas

O Palácio de Topkapı ("porta do canhão") também foi construído por Maomé II, logo após a conquista de Constantinopla no ano de 1453, sendo a residência dos sultões durante 4 séculos. Atualmente o Palácio é dividido em várias salas de exposição com objetos de ouro (tronos, xícaras, talheres, berços, joias diversas cravejadas em pedras preciosas), prata, cerâmica, miniaturas, roupas e relíquias sagradas para os muçulmanos, como os pelos da barba e a marca do pé do profeta Maomé.


Palácio de Topkapi
Detalhes dentro do Palácio de Topkapi


Algumas das salas e quartos do palácio


Acervo do Palácio Topkapi
Um espaço com diversas construções e jardins


O Grande Bazar é provavelmente o maior e dos mais antigos mercados cobertos do mundo, situado no bairro histórico de Eminönü. Aberto em 1461, é muito conhecido principalmente pela comercialização de joias, cerâmica, especiarias e tapetes. Com mais de 60 ruas cobertas e milhares de lojas (entre 1200 e 4000 dependendo da fonte), é frequentado por 250 mil a 400 mil pessoas diariamente. A maior parte das lojas está agrupada por tipos de mercadorias, havendo áreas especiais para produtos de pele, joalharia de ouro, etc.


O bazar situa-se na parte mais alta duma grande área comercial que ocupa a encosta sul do Corno de Ouro, onde no passado atracavam os navios que abasteciam Istambul. O núcleo central do Grande Bazar são dois bedestens (edifícios destinados a comercializar e armazenar mercadorias, especialmente aquelas de maior valor, que requerem mais segurança). Os bedestens ocupam apenas uma pequena parte do gigantesco mercado, onde além das lojas e pequenas oficinas de artesãos existem cafés, restaurantes, pequenas mesquitas, fontes, bancos, uma estação de correios, uma posto médico e uma esquadra de polícia.


O Grande Bazar tem quatro entradas, uma em cada um dos extremos das ruas principais, a orientada a norte-sul conhecida como Yağlıkçılar (dos fabricantes de lamparinas), e a orientada a leste-oeste, denominada Kalpakçılar (dos chapeleiros de pele). A Kalpakçılar liga as mesquitas Nuruosmaniye e de Bajazeto II. Em cada uma das entradas exteriores há um grande portão de ferro que eram fechados fora das horas de serviço.


Se você estiver fazendo o passeio com guia, provavelmente ele te dirá para não comprar no mercado, que as coisas ali não tem qualidade, principalmente em termos de cerâmica e que você terá a oportunidade de comprar em uma loja de ótima qualidade na Capadócia, e te levará para comprar coisas em lojas específicas. Eu aconselho que você compre tudo que quiser comprar, pechinchando claro, no mercado e independente de indicação dos guias, que recebem comissão pelas vendas, a qualidade é boa e os preços melhores que em outras lojas.

Uma das entradas do Gran Bazar

Rua coberta do Gran Bazar
Loja de especiarias
Uma das ruas de lamparinas

Loja de cerâmicas decoradas

Para a primeira noite em Istambul tínhamos programado um jantar a bordo de um barco pelo Estreito de Bósforo. No pequeno cruzeiro pode-se apreciar belas vistas de Istambul e do Bósforo quando anoitece e muitas edificações com arquitetura tradicional da cidade ficam iluminadas, bem como a ponte suspensa que liga a Europa à Ásia. Também disfrutamos de um jantar com comidas da culinária turca e um espetáculo de dança tradicional.


O Bósforo é um estreito que liga o Mar Negro ao Mar de Mármara, e limita os continentes europeu e asiático na Turquia. Tem um comprimento de aproximadamente 30 km e uma largura de 550 a 3000 m, com profundidade variando entre 36 e 124 m no meio do estreito.

Companheiros de jantar
Um dos pratos servidos e bebida
Uma das construções iluminadas pelo Bósforo


Ponte suspensa que liga Europa e Ásia
Tradicional foto com tradicionais representantes da cultura turca


A Turquia é um país com muita história, e são muitos os lugares para visitar e conhecer. Como teríamos o segundo dia livre, e queríamos aproveitar mais e conhecer outros lugares menos tradicionais, conversamos com o guia e o motorista e combinamos um passeio para o segundo dia. Vamos?


Chris Busnello Fianco

Posts recentes

Ver tudo

Pamukkale

Éfeso

Commentaires


bottom of page