Terceiro dia de férias
Bom dia Valência!!!!
O Hotel Malcom and Barret é uma ótima opção de hospedagem em Valência. O hotel é muito confortável e limpo, com preço super em conta, e proporciona uma ótima noite de sono (e com dois travesseiros por cama! Amo!).
Bom, como não tenho fotos, acho que nosso café da manhã foi no hotel mesmo, com lanche que havia sobrado do dia anterior. kkkk
Saímos revigorados para nossa próxima aventura, com destino a Almería, sendo a primeira parada no Farol de Cullera, no Cabo de Cullera. O lugar é lindo, e tem um mirante para observação de pássaros típicos da região. Mas acho que na hora que chegamos eles ainda estavam dormindo, pois não vimos uma ave se quer...
A segunda parada foi na Platja de Les Deveses, em Dènia. Essa só para esticar as pernas e comer alguma coisinha. Chegamos em um cantinho bem particular da praia, onde a extensão lateral de areia tinha uns 20 metros, e bem na frente algumas crianças estavam tendo aula de windsurf. Curtimos um pouquinho e depois seguimos viagem.
A Reserva Natural do Cabo de San Antonio, entre os municípios de Jávia e Dénia, forma parte do Parque Natural do Maciço de Montgó, com penhascos que podem chega a 150 m de altura, é o ponto mais oriental da província de Alicante.
Curiosidade: "A Cordilheira Prebética é um conjunto de montanhas que se estende desde as províncias de Jaén, Albacete e Granada até Alicante, fazendo parte desta unidade o Cabo de San Antonio e o Montgó. As rochas desta região datam do Cretáceo até o Quaternário, sendo uma suave flexão sinclinal com vergência para norte e cortada por falhas, uma a norte (Dénia) e outra a sul (Jávea) com forte deslocamento vertical e orientação leste-oeste. Os agentes erosivos esculpiram a morfologia atual nos calcários, destacando-se os penhascos do Cabo de San Antonio, modelados pela constante erosão marinha."
Logo que chegamos no Cabo de San Antonio, um dos primeiros mirantes proporciona a vista que temos abaixo. Um lugar simplesmente deslumbrante.
Caminhando pela área do Cabo de San Antonio nos deparamos com paisagens incríveis, que proporcionam fotos espetaculares, como esta do Farol de San Antonio. Infelizmente o farol está fechado, e não permite visitas.
A caminhada pelas rochas do Parque Natural de Montgó é uma aventura incrível. Não imaginávamos que encontraríamos tamanha beleza. Os paredões de rocha que encontram o mar em sua base são lindos, e a energia do lugar é maravilhosa, trazendo uma sensação de paz e realização.
Depois dessa parada revigorante, seguimos para Xàbia, onde tínhamos marcado algumas praias para conhecer. Infelizmente na primeira delas, Cala El Portixol, já tivemos uma grande decepção. Antes de chegar perto da praia, havia uma guarita improvisada e um segurança que não deixava ninguém passar, a não ser que fosse morador, dizendo que a praia estava fechada. Isso aconteceu também na Cala de Ambolo, quando tentamos conhecer. Nem de longe conseguimos ver suas belezas.
A opção que nos restou na região foi conhecer a Playa Blanca. Uma praia bonita, com lugar para mergulhar e deitar sobre pedras, mas bastante movimentada, já que pelo visto, muita gente também não tinha outras opções para ir.
A parada seguinte foi em Benidorm. A cidade é relativamente grande, com edificações altas e muito movimentada. Saindo da praia principal, mais para norte da cidade encontramos duas opções de calas lindas. O acesso não é difícil, mas nesta época do ano lugar para estacionar é um pouco complicado, as ladeiras que ficam próximas à estas duas praias estavam lotadas, e acabamos estacionando um pouquinho longe. O lugar que dá acesso às duas praias tinha controle de quantidade de pessoas, visto que elas são bem pequenas. Tivemos que aguardar, e enquanto isso vimos que era permitido estacionar moto ali junto à entrada, então o Roger subiu para buscar a moto enquanto eu esperava na fila.
Depois que ele voltou com a moto não demorou uns 5 minutos e já conseguimos descer para a Cala Ti Ximo. Pelo que constatamos tem duas vias de acesso, uma mais íngreme, que foi por onde descemos, e outra mais longa, mas mais suave. A cor da água é sensacional e muito transparente, permitindo visualizarmos onde estávamos pisando, visto que existem muitas pedras inclusive dentro da água, e algumas bem grandes.
Neste lugar existe salva-vidas, e assim que um pessoal começou a subir nas rochas laterais para saltar, ele logo chamou a atenção e saiu correndo para tentar impedir. Também aqui vimos um senhor que fazia nudismo, e tudo muito natural, ninguém se importava de ficar ao lado.
Acho que não comentei ainda, mas aqui na Espanha é muito natural que as mulheres façam topless, e também muito comum que as pessoas troquem de roupa na praia ou na saída dela, depois de tomarem duchas de água doce. Geralmente amarram toalhas ou outra coisa para não "ficarem pelados", mas nem sempre isso acontece, e é bastante natural para eles.
Em Alicante nos hospedamos no Central Rooms Mercado, sendo esse nosso ponto de descanso. A localização era boa, mas só isso. A cama era muito ruim, assim como o calor que fazia no quarto e o banheiro que não tinha ventilação alguma. Tomamos nosso banho e saímos para caminhar, conhecer a cidade e jantar. Acabamos comendo no La Tasca del Barrio, um restaurante super simpático, com bom atendimento, um cardápio variados e comida saborosa. As saladas do menu estavam um pouco incrementadas para o que queríamos, então pedimos uma salada verde e eles nos atenderam super bem. Os camarões com alho vinham numa tigela de barro com o óleo borbulhando ainda, uma delícia.
Aqui não era permitido estacionar a moto em qualquer lugar, assim que o Roger levou a moto a umas 3 ou 4 quadras do hotel depois de descarregarmos nossas coisas, em um lugar específico para motos, e foi buscá-la pela manhã antes de partirmos.
Quarto dia de férias
Saindo de Alicante paramos na Playa La Ermita, uma das praia que fazem parte do Cabo de Santa Pola, que segundo o Wikipedia, possui um dos poucos exemplos de arrecifes fósseis do litoral mediterrâneo, com origem Miopliocênica. No pé da Serra de Santa Pola, que possui uma vasta área com pinheiros, passa a estrada que acompanha a linha de costa, levando à várias calas e, unindo Santa Pola e Arenales del Sol.
Em uma dessas calas que paramos para conhecer, avistamos o farol que foi construído no topo da Serra de Santa Pola, e também o mirante que olhando de baixo parecia suspenso sobre o penhasco. Resolvemos subir e conhecer.
Estacionamos a moto sob uma árvore (ufa, havia uma árvore e sombra), mas logo que descemos vimos muitas abelhas que ficavam nos cercando. Sem problemas, descemos e nada aconteceu. Tivemos muito cuidado para que não nos picassem, e também para não machucar a nenhuma delas.
O dia estava lindo, sem uma única nuvem no céu, o que fez com que do alto da Serra de Santa Pola a vista ficasse incrível. O mirante proporciona uma experiência linda, misturando diante de nossos olhos montanha e mar.
Assim como em todos os outros faróis que auxiliam a navegação marinha que visitamos, no Farol de Santa Pola também não é permitida a entrada, estando todo cercado. Mas ficou a foto de registro, neste cartão postal que conhecemos.
Saindo do Cabo de Santa Pola em direção à Torrevieja, atravessamos uma área muito importante para a região. Uma área exemplo de simbiose indústria-natureza, onde a exploração de sal através do método de evaporação teve início em 1900, e que pelo ambiente propício que se formou, tornou-se uma importante região para o desenvolvimento de ciclos biológicos de diversas espécies migratória. Conhecida como "Las Lagunas de la Mata y Torrevieja", são um parque natural da Província de Alicante, na Comunidade Valenciana.
A princípio quando estava olhando o mapa e escolhendo alguns pontos de parada, tinha designado esta área como "a área alagada", sem saber o que era. Quando chegamos nela vimos as salinas e muitos flamingos e outras aves dentro das "piscinas". Um lugar muito interessante, e pelo que li posteriormente, de tamanha importância que foi criado um museu e rotas turísticas para observação de espécies animais.
A viagem continuou e o próximo ponto de parada foi em Torrevieja, na linda edificação que faz parte do Mirador Torre del Moro. No gramado ao redor da torre estavam ligados os irrigadores giratórios, e nos divertimos tentando passar entre eles sem nos molhar.
Como o ponto estava muito agradável e era hora de almoçar, decidimos comprar umas saladas prontas no supermercado e voltar para comer aqui. Paramos agora no estacionamento de brita que existe ao lado da torre, em uma sombra de árvore cercada por muretas de pedra, onde nos sentamos para comer.
O acesso para sair do estacionamento era uma rampa, e para sair o Roger tinha que entrar de frente nela. Porém com as britas na base rampa, e uma virada de guidão um pouco maior, o pneu escorregou para o lado e ele não teve força para segurar a moto. Não sei como consegui pular da moto, segurando uma sacola nas mãos e ficar em pé. O Roger foi descendo a moto devagar, da forma como conseguiu, até que ela tocasse o chão. Felizmente não nos machucamos, e a moto não estragou, apesar de ter demorado um pouquinho para conseguirmos ligá-la novamente. Ufa!
Na região de Torrevieja (Alicante) existe uma série de calas rochosas entre os penhascos. Algumas delas acessíveis por escadas, como a Cala de la Zorra. Paramos por acaso nesta, e estava super legal, sem areia, mas com penhascos que atingiam cerca de 8 metros de altura para saltarmos.
Vimos crianças de cerca de 5 anos e adultos saltando, e não pudemos ficar de fora. Ali você não precisa se preocupar e escolher um determinado lugar para pular, poderia fazer de qualquer lugar. Pelo que constatamos com os locais que já saltavam, não existem pedras no fundo ao longo de toda a rocha, então o salto é tranquilo, só precisa ter coragem de pular.
O problema era chegar nos pontos onde saltaríamos, visto que eram pedras, e não tínhamos os calçados adequados, estávamos de havaianas. Aqui vimos que precisamos adquirir aquelas sapatilhas que se usa para caminhar nas pedras e que pode molhar. Bom, fomos de havaianas mesmo, e quando chegávamos no ponto de salto, tirávamos e saltávamos com elas na mão, inclusive para poder sair da água depois, já que as rochas eram bastante irregulares e machucavam.
Este foi então o lugar que criei coragem e dei meu primeiro salto das pedras no mar. O primeiro salto foi de cerca de 3 metros de altura, e o segundo de mais ou menos 5 metros. A sensação depois que você pula é muito gostosa.
Após tanta adrenalina e diversão, seguimos até a Cala Capitán, em Orihuela.
Cada praia, ou região, criou seus próprios métodos para prevenção do Covid-19, vimos várias situações diferentes ao longo das praias que conhecemos. Mas a Cala Capitán tinha várias sinalizações para orientar os banhistas. Desde a placa/semáforo de sinalização verde, amarelo e vermelho na entrada da praia, mostrando como estava a ocupação e se as pessoas poderiam entrar, até as passarelas com sentidos opostos. Tudo para tentar diminuir os riscos de contágio. Algumas pessoas inclusive desenhavam na areia a delimitação de seus espaços, ou marcavam com chinelos, para que ninguém se aproximasse muito.
Desde o lugar onde estacionamos a moto, até chegar a Cala Capitán percorremos um caminho, como se fosse um pequeno calçadão bordejando o mar. Este caminho continuava mais para sul, porém mais estreito, mas não menos agradável, entre as rochas e o mar. Em um ponto onde não havia ninguém, e onde formava uma pequena praia, paramos para aproveitar o calor e tomar um banho de mar.
A última parada do dia foi em San Pedro del Pinatar, em Murcia, onde passamos a noite. Caminhamos um pouco e logo escolhemos o D'Lounge Restaurante para jantar. Ele fica a beira mar, e oferecia uma grande variedade de cervejas, além de um cardápio variado. A primeira cerveja que pedimos era frutada, gostosa, mas que ao final não se parece em nada com cerveja. kkkk. Depois, enquanto esperávamos nosso macarrão com camarões para comer, pedimos outra para curtir o clima agradável de final de tarde na praia.
A cidade é pequena, e logo que saímos para caminhar não encontramos muitas pessoas, mas depois que jantamos e caminhamos pela praça, onde havia um pequeno parque de diversões, o movimento estava bem maior, com restaurantes relativamente cheios.
A verdade é que nosso horários não acompanhavam os horários dos espanhóis e turistas, pois como começávamos o dia cedo, e sempre tínhamos dias cansativos, costumávamos almoçar perto do meio dia, e umas 7 horas da noite queríamos jantar. Já os espanhóis e turistas começam o dia mais tarde, tomando café da manhã por volta de 10 horas, se não mais tarde, almoçando no meio da tarde, e jantando as 10 horas da noite. Isso as vezes fazia com que quando queríamos jantar, muitos restaurantes ainda estava fechados, ou começando a abrir.
Para esta noite tínhamos reserva no Hotel Arce, um lugar um pouquinho afastado do centro, mas que pudemos acessar a orla e praça principal caminhando um pouquinho. Aliás, depois de tanto tempo que passávamos sentados na moto, era tudo que queríamos, caminhar. O hotel é bem simples, mas atende às necessidades, e fomos muito bem atendidos. Foi o primeiro hotel que ficamos durante a viagem que oferecia café da manhã, pelo menos em tempos de pandemia. Nada requintado, tudo embalado individualmente e simples, mas um mimo que faz a diferença, mesmo que seja pouco.
Seguimos viagem.... nos acompanhe no próximo post...
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