Oitavo dia
Viajando pelas estradas da Espanha dificilmente ficamos entediados, como estava conversando com meus avós, e eles lembraram bem, é um lugar com muita história para contar, que guarda por todos os lados registros do passado que geram um interesse muito grande, e se misturam com o presente de forma incrível.
No começo o Roger me perturbava, que era para tirar fotos na estrada com a máquina fotográfica, que tem a cordinha para colocar no pulso, caso ocorra alguma coisa, seria uma proteção. Mas sou teimosa, as fotos da máquina que temos não se comparam às do meu celular, e continuei fotografando imagens que na hora achava interessantes com o meu Samsung, como neste local onde vemos uma construção antiga no meio de casas modernas. Uma maravilha!
Em alguns pontos, onde achávamos que poderíamos encontrar vistas incríveis, entrávamos para conhecer, tentar chegar em pontos não muito conhecidos, mas paradisíacos. Porém muitas vezes esses lugares não tinham saída, ou acabavam sendo particulares, com acesso restrito, mas ainda assim valia a pena dar uma conferida.
Em Almuñécar, mais uma parada para conhecer, caminhar e dar uma descansada. Chegamos até a ponta onde está o Mirante de Almuñécar, e os Peñones de San Cristóbal. O Roger não quis subir, então fui sozinha conferir a vista do alto do mirante. A subida por escadas largas e não muito íngremes, não é longa, e vale o esforço. A vista do alto é linda, principalmente em direção ao Peñón del Enmedio.
Quando desci, e fui encontrar o Roger, que tinha estacionado próximo ao Parque Ornitológico Almuñécar, demos uma espiada pela entrada do parque e vimos algumas aves. Até ficamos assobiando e brincando com algumas que pareciam responder os assobios, foi divertido.
Andamos mais um pouco até a ponta da Playa del Cotobro, onde a estrada desviava para a montanha. Paramos e caminhamos um pouquinho pela calçada construída entre o mar e os paredões de rochas. O caminho não é longo, e dá acesso à uma outra pequena praia. A paisagem é bonita, com o contraste do azul do mar, com as montanhas de rochas acinzentadas a marrons, com pouca vegetação, e o azul do céu.
De volta ao nosso roteiro, passamos por estradas que proporcionavam vistas incríveis, como a Playa de la Herradura e a Punta de la Mona, e fomos seguindo viagem.
Uma das paradas programadas havia sido na Playa del Cañuelo, en Narja, mas quando chegamos perto, o movimento de carros era intenso, e havia uma fila. Continuamos em frente, e do mirante que encontramos logo em seguida avistamos a Playa del Cañuelo, que por sinal é linda, e vimos que as pessoas chegavam em vans, então entendemos a fila que havia lá trás.
Continuamos viagem e paramos na praia ao lado, chamada Calas Torre del Pino, na qual é preciso descer por uma trilha, as vezes estreita e com rochas para chegar até ela. Encontramos todos os tipos de pessoas descendo, muitas delas carregadas com coolers, barracas, caiaques, cadeiras, o que precisassem para ficar na praia e curtir muito. Aqui é muito difícil encontrar praias que ofereçam cadeiras e guarda-sóis para alugar. As pessoas costumam ter e levar tudo que precisam para ficar horas na praia, e eles levam, sem preguiça, com muita naturalidade e alegria.
O dia estava lindo mais uma vez, e sem uma única nuvem no céu. Conseguimos uma sombra ao lado do paredão de rocha, e ali nos instalamos para curtir essa maravilha. Independente da dificuldade de acesso à praia, aos poucos as pessoas estavam chegando e a praia ficando mais cheia.
Nesse ponto a água já não era mais quentinha como nas praias mais para o norte, e eu já não entrava mais. Mas para muitos era verão, praia, calor, e não importava a temperatura da água, aproveitavam ao máximo, mergulhando, nadando e curtindo. Ficamos até não ter mais sombra e então nos retiramos, montanha acima.
Seguimos até chegar em Málaga, que terá um post só para ela.
Venha conosco!
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