Décimo segundo dia
Depois do nosso tradicional café da manhã, seguimos praticamente direto até El Campello, cidade praiana ao norte de Alicante, paramos apenas uma vez para abastecer.
A Playa Baño de la Reina fica próxima de um atracadouro marítimo, tem uma estatua de uma mulher sentada na entrada da praia. A maior parte da praia é formada por rochas, formando uma pequena caverna sob uma delas, mas o banho é proibido neste ponto. Porém logo ao lado, forma uma pequena praia de pedras, onde haviam pessoas aproveitando o calor para mergulhar.
A cor do mar é mais uma vez sensacional, e o contraste com a cor das rochas me encanta. A praia sem ondas é um convite quase irrecusável no verão, mas queríamos seguir para outros destinos, então apenas admiramos, registramos e partimos para o próximo destino.
Para nossa próxima parada, havíamos programado chegar na ponta de Llop Marí, ainda em El Campello, pois pelo que havíamos visto, tinham covas e calas para conhecermos. Porém, ao nos aproximarmos do ponto gravado no GPS encontramos a rua fechada com cancela, sendo permitido o acesso só para moradores, pelo menos de carro, ou moto. Estacionamos na rua em frente e fomos caminhando. Existem apenas alguns poucos acessos por passagens e escadas à praia, sendo o acesso quase exclusivo pra moradores.
Já na Cala les Palmeretes, que fica do outro lado da ponta de Llop Marí, chegamos facilmente de moto a poucos metros da praia, contudo são poucas as vagas para estacionar. Não sabemos porque havia uma placa informando que era proibido entrar na água, então seguimos viagem.
A região quase despovoada perto da Cala El Xarco em Villajoyosa, ao lado da Torre El Xarco, apresenta ruas geralmente pouco conservadas ou de chão. Com a torre na ponta, a praia ganha um ar diferente, meio medieval, e encantadora. Apesar do lindo dia de sol, e do calor que fazia, não haviam muitas pessoas na praia, e se me lembro bem, as que ali estavam, todas tinham cachorro.
A primeira dúvida quando chegamos perto da Playa La Caleta foi onde deveríamos estacionar, pois haviam dois edifícios grandes, sendo que um parecia residencial, e o outro um hotel, mas este estava fechado (talvez pelo Covid-19, não sabemos ao certo). Nos fundos do hotel, encontramos uma ótima sombra que parecia que duraria um bom tempo, e ali deixamos a moto.
A segunda dúvida foi como acessar a praia, e não éramos os únicos, pois haviam outras pessoas que nos perguntaram, mas logo vimos algumas pessoas saindo com cadeiras e guarda-sol de um ponto por trás do outro edifício, e para lá seguimos. Precisamos contornar o edifício, que na parte de traz tinham pelo menos umas 5 quadras de tênis, sendo que uma delas parecia a principal, com uma pequena arquibancada, e a praia estava logo a seguir.
Próximo às rochas havia um pouco de sombra, então deixamos nossas coisas para antes de mais nada, subir o morro através de trilhas para curtir a vista do alto. A subida foi relativamente tranquila, e estava muito calor. Caminhamos um pouco lá em cima ainda para curtir o visual e ver se não descobríamos uma cala escondida, e depois descemos para aproveitar a praia.
A praia é linda, pequena, e a água estava uma delícia, nem quente e nem fria, e apesar de ter muitas pedras e rochas no mar, curtimos bastante. Lanchamos e descansamos, até resolvermos seguir viagem.
No caminho passamos no Santuário e Cala La Mallaeta, mas foi uma parada rápida, antes de chegarmos na cidade de Villajoyosa. Mais uma cidade charmosa que conhecemos de passagem.
A sul da cidade de Benidorm tem uma área completamente despovoada, com vários caminhos para fazer trilha e desbravar esta costa maravilhosa com calas escondidas atrás dos morros, sendo possível chegar até a Torre d'Aguiló. Um caminho estreito e sinuoso de asfalto leva também até a cala La Racó del Conill. Na estrada vimos um senhor nu chegando perto de um carro, que deveria ser dele. Mais pra frente, em uma placa de indicação da praia é que descobrimos se tratar de uma praia naturista.
A cor do mar é espetacular, e as praia maravilhosas, sem ondas, formando verdadeiras piscinas.
Em Benidorm fomos direto para o hostel, Casa Don Juan. Fomos super bem recepcionados por um inglês que estava no pub que fica na parte de baixo. A localização do hostel é central, numa região que descobrimos depois ser bastante frequentada pelo público LGBT. O quarto tinha um tamanho bom, com uma grande janela, frigobar, cafeteira e a pia, porém o banheiro era bem pequeno, e pra meu azar, a água do chuveiro não descia direito, e eu tinha que ficar desligando a água, além de segurar o chuveiro, que não ficava preso no alto.
Saímos para passear, caminhar e conhecer a cidade. Caminhamos pela região próxima do hostel e haviam muitos bares, restaurantes, lojas e turistas caminhando para todos os lados, além de muita gente na praia. A cidade estava bastante movimentada, e os lugares cheios, pois afinal de contas, era verão.
As ruelas pelo centro eram tranquilas, e só entravam carros e motos de moradores, ou taxis. No Balcó del Mediterrani, uma pracinha super arrumadinha, toda branca, que fica beira mar, em um rochedo que divide duas praias da cidade, haviam várias pessoas curtindo, e esperando o por do sol.
Agora perto do mar novamente, encontramos um restaurante para comermos frutos do mar, chamado Córdoba, restaurante e marisqueria. Pedimos um prato que trazia um pouco de cada coisa e para acompanhar uma cerveja de barril. A comida não foi cara, e estava muito gostosa, além do atendimento ser muito bom.
Depois dos frutos do mar ficamos com vontade de tomar um sorvete simples, mas nos deparamos com uma sorveteria que vendia gofre (waffle) com toppings e sorvete. Ficamos com vontade e fomos comprar para experimentar. Porém não somos fãs de coisas muito doces, e queríamos a opção que dava direito ao waffle, sorvete e 4 toppings, dos quais escolheríamos as frutas. Na hora de pedir, a moça falou que para pedir só frutas naturais teríamos que pagar mais, então achamos que não valeria a pena e desistimos. Acabamos voltando para a opção inicial, e pegamos um sorvete simples numa outra sorveteria.
Oito e meia da manhã e com algumas exceções as lanchonetes e a padaria ainda estavam abrindo. Um dos restaurantes que havíamos visto na noite anterior com bastante movimento, e que tem uma sorveteria junto, foi o lugar escolhido para o café da manhã. Para variar comemos a tradicional tostada com café, que geralmente variava de 1,80 a 3,50.
Após mais uma caminhada rápida pelo centro, arrumamos nossas coisas e seguimos viagem, com destino a Dénia, nosso próximo ponto de descanso.
A região de Dénia é linda, não deixe de nos acompanhar no próximo post.
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