Décimo terceiro dia
Depois que saímos de Benidorm nossa primeira prada foi no Parc Natural del Peñón de Ifach, a norte de Alicante, na cidade de Calpe. Quando chegamos na entrada do parque, que até então nem sabíamos que era parque, o Roger me perguntou o que tínhamos ido ver lá, pois eu tinha definido esse ponto de parada. Não me lembrava direito, pois tinha definido esse roteiro havia dois dias, e com tantas coisas que vimos pessoalmente e outras que vimos na internet enquanto pesquisamos os lugares interessante, fiquei na duvida.
Estacionamos, pois tinham muitos carros ali parados e fomos dar uma olhada. Tinha um carro da polícia bem na entrada do parque, e uma placa explicativa. Enquanto eu estava olhando a placa, o Roger viu pessoas lá em cima da rocha, e perguntei quanto tempo demorava para subir: me falaram que cerca de 1:20. Nos olhamos e decidimos subir.
Não tiramos nenhuma foto da montanha rochosa de longe, mas vou colocar uma da internet para vocês verem, e ao final tem uma minha em frente à rocha, mas eu ainda estava dentro do parque, então são duas dimensões diferentes, a minha mostra mais ou menos quanto subimos, e a outra dá uma visão geral do lugar.
O parque está situado em um rochedo isolado na costa norte da Província de Alicante, constituindo o rochedo um dos últimos sopés da Cordilheira Bética, alcançando uma altitude de 332 metro de altura. A enorme rocha calcária descende de maneira abrupta até o mar, e está unida ao continente por um istmo detrítico.
Desde que no início do século XX foi aberto o túnel que atravessa suas paredes, fazendo uma ligação norte-sul, é possível acessar as duas rotas de caminhada existentes, uma que leva até o cume, e outra até o Mirador de Carabineros, sendo dos dois possível em dias claros visualizar as ilhas de Formentera e Ibiza, e o Cabo de Santa Pola, além da vista incrível do Mar Mediterrâneo.
Nós subimos quase sem descansar, parando eventualmente para deixar alguém passar quando a trilha ficava mais estreita, ou para tirar fotografias, pois o lugar é incrivelmente lindo, a cor do mar, a vista ao longo do caminho todo, o contato com a natureza,...
A partir do túnel é possível perceber bem a presença da rocha calcária, e esta ao longo da trilha muitas vezes está bastante lisa e escorregadia, fazendo com que tenhamos muito cuidado e atenção para não cairmos. No túnel, e em alguns pontos de mais difícil acesso existem correntes presas na rocha para auxiliar os que apresentam um pouco mais de dificuldade.
Tirando pela dificuldade da rocha escorregadia, a trilha em geral até o cume é tranquila, mas no último trecho ela fica mais difícil, exigindo um pouco mais de cuidado e técnica de quem sobe, mas nada que com paciência, atenção e ajuda das mãos, não seja possível fazer.
Infelizmente, para acabar com nosso sossego e paz, no último terço da subida encontramos dois casais que estavam brigando muito, e se xingavam, foi meio chato, mas faz parte das aventuras e estórias que agora temos para contar.
O parque está todo sinalizado, desde informações e características do parque na entrada, o tipo de formação geológica, como se dá o acesso e onde é possível ir pelas trilhas que existem,; o que é proibido, e o que é recomendado para fazer o percurso.
Tem um lugar, mais perto da entrada/saída do parque que oferece serviço de banheiro e bebedouro. Se tinha outro serviço oferecido ali anteriormente ao Covid-19, não estava funcionando quando fomos, pois a área é relativamente grande, mas estava vazia.
O passeio é gratuito e tem duração de cerca de 2:30, entre subida e descida. Nós fizemos em duas horas, foi um pouquinho cansativo, mas vale muito a pena. É simplesmente maravilhoso ver tudo do alto e em contato com a natureza. A sensação de realização no final, por termos chegado até o alto, e em tão pouco tempo, que não comprometeu o que queríamos fazer ainda no mesmo dia, foi maravilhosa.
Recomendações:
Para esse tipo de passeio é sempre recomendado utilizar roupas confortáveis e sapatos adequados, pois o terreno é irregular e aqui a rochas são bastante lisas, podendo eventualmente causar quedas.
Se fizer calor e sol, proteja-se com protetor solar, óculos de sol e chapéu.
Lembre-se também de levar muita água, para o período que pretende ficar no passeio (se colocar a garrafa com um pouco de água no congelador no dia anterior, terá água fresca durante o passeio).
Aconselhamos levar sempre algo de comer, para repor as energias, de preferência que não suje o lugar, servindo de alimento para os animais (no lugar não existe nenhum tipo de serviço).
E mais importante, deixe o lugar limpo, recolhendo e levando consigo todo o lixo que produzir, e as vezes, se puder, até os que algumas "pessoas" possam ter deixado para trás.
De lembrança, leve apenas fotografias.
Manter este lugar mágico é responsabilidade de cada um!
Bom, depois dessa parada demorada não programada, seguimos direto para um supermercado comprar alguma coisa para comer e repor as energias. Nada que uma lasanha (fria) e um salada não resolvessem. kkkk
Seguimos para Dénia, que lugar lindo e cheio de emoção.
Vamos?!!!
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