Décimo quarto dia
Na estrada entre Dénia e Valência, quando estava na hora de paramos para esticarmos as pernas os postos de gasolina parece que desapareceram.... estávamos na Autovia. Ali as áreas de serviço ficam bastante distantes uma das outras e até existem placas indicando a quantos quilômetros estão os próximos postos de combustível. Infelizmente tínhamos perdido o "timing", e quando percebemos a próxima parada aconteceria já muito perto de chegarmos em Valência, então seguimos direto.
Como na passagem de ida pela cidade, com pernoite, conhecemos a parte mais nova da cidade, agora na volta eu iria conhecer o centro histórico, uma vez que o Roger já conhecia. Estacionamos a moto sobre a calçada em frente à Plaça de l'Ajuntament, ao lado de outras que já estavam ali e fomos caminhar. Eu fiquei realmente encantada com o lugar, como os edifícios são bonitos e estão tão bem conservados.
As ruas estavam um pouco vazias, ainda mais se considerarmos que é uma região central, de uma cidade de mais de 2,5 milhões de pessoas, numa sexta-feira e pouco antes do meio dia. Mas como vocês podem ver na fotos, consegui tirar fotos em diferentes lugares, como em frente à prefeitura e à Plaza de Toros, sem aparecer nenhuma outra pessoa no registro. Mas afinal, era agosto, férias na Europa.
Depois de passarmos no Mercadona (supermercado) e comprarmos salada, um pacote de pipoca salgada pronta e uma caixa de suco natural de abacaxi, sentamos nas escadas da lateral do edifício dos correios e almoçamos.
Caminhando mais um pouco pelo centro e, próximo de onde havíamos estacionado a moto, vimos uma sorveteria que pelas indicações na porta de entrada havia recebido vários prêmios de melhor sorvete da Espanha, então não pudemos perder a oportunidade. Na Vèneta pedimos dois dos sabores premiados em anos anteriores, o meu foi o "Galleta Abuela", que achamos um pouco doce demais, e o do Roger, "Paradise", de pistache. O terceiro sabor que aparece na foto que também foi premiado não estava disponível quando escolhemos, foi colocado depois. O preço compatível com um sorvete de boa qualidade e premiado, mas nada exorbitante.
Seguimos até Castellón de la Plana e fomos direto para o B&B Hotel Castellón, onde fomos super bem recepcionados e logo subimos para nosso quarto para nos preparamos para sair e conhecer a cidade, agora a pé. O quarto e banheiro eram muito bons, amplos e super aconchegantes. A cama era de casal, mas queen, então nem nos importamos.
Tomamos um banho delicioso, roupas limpinhas e saímos. Pegamos nossa primeira chuva da viagem, mas felizmente estávamos a pé e foi pouca. Tivemos que parar uns 5 minutos sob uma marquise para a chuva mais grossas diminuir e seguirmos nosso passeio pelas ruas tranquilas da cidade.
Passamos em alguns pontos turísticos, como na Plaza de La Pau onde fica o Teatro Principal, a Plaza Maior onde estão a Catedral de Santa Maria, o Mercado Municipal e a prefeitura da cidade. Já não chovia mais, mas as ruas estavam molhadas e por estarmos de chinelo, ficava respingando nas pernas. kkkk.
Castellón é uma cidade relativamente pequena, com cerca de 170 mil habitantes, e por ser agosto, muitos dos seus moradores estavam viajando, e a cidade bastante vazia.
Na Avenida Rey en Jaume tinham muitos cafés, bares e restaurantes, e vários deles com mesas na calçada. Mas um deles no chamou a atenção, o Buenajera. Logo na primeira vez que passamos uma moça muito simpática veio conversar conosco, falou que o restaurante era pequeno, e que geralmente estava cheio, sendo muitas vezes necessário fazer reserva. Ok! Estávamos começando nosso passeio.
Seguimos em frente, mas acabamos voltando para essa rua mais tarde para procurar um lugar para jantarmos e voltamos no mesmo restaurante. Ainda estava cedo, e a cozinha estava fechada, mas pedimos para sentar e tomar uma cerveja enquanto dava a hora do restaurante abrir, e ficamos ali passando tempo. Depois pedimos o cardápio e sugestões de pratos, e acabamos escolhendo os recomendados.
O restaurante é muito bom, a comida maravilhosa, assim como o atendimento. Super recomendamos o Buenajera em Castellón de La Plana. O preço? Se não me engano, é mediano, nem barato, nem caro. Ainda ganhamos um "chupito" (licor) na hora que pedimos a conta! São detalhes que ganham o coração dos clientes...
Minha perna estava cada dia ficando mais feia, mais roxa, depois da picada de "abelha", provavelmente alguma reação bem alérgica que eu tenha desenvolvido, mas eu não tinha febre e nem dor, então não procurei ajuda, estava apenas acompanhando.
Nosso café da manhã foi em uma padaria (Panaderia 365) que fica ao lado do hotel, e pra variar comemos o tradicional tostada de tomate e azeite+café. Infelizmente devido ao Covid-19 o hotel não estava servindo refeições, mas disponibilizava para todos seus hospedes café e chá nas máquinas que ficam ao lado da recepção, gratuitamente, e durante o dia todo.
Vamos seguir em frente.... Nossas férias estão quase terminando, mas ainda temos algumas estórias para contar, como a de uma cachoeira que visitamos!
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